De um lado Rio de Onor, do outro Rihonor de Castilla. Esta aldeia atravessada pela fronteira e pelo rio com o qual partilha o nome, situa-se em pleno Parque Natural do Montesinho e conta-nos uma história única.

Pertenceu à Casa de Bragança e desde há muitos anos que, nesta aldeia raiana, portugueses e espanhóis convivem em perfeita harmonia. Distinguem-se entre eles como “o povo de abaixo” e “o povo de acima”, respetivamente. E partilham um dialeto próprio e quase extinto, o rionorês, que resulta da mistura entre português e castelhano.

Como aldeia comunitária, apesar de várias das tarefas conjuntas se terem vindo a desvanecer com o tempo, ainda se partilham os terrenos agrícolas e o moinho.

Em 2017, Rio de Onor foi uma das aldeias vencedoras das Sete Maravilhas de Portugal, na categoria de aldeias em áreas protegidas. E rapidamente perceberão o porquê.

Rio de Onor pelos nossos olhos

Casas típicas de xisto muito bem preservadas, de dois andares. Com encantadoras varandas de madeira, as mais pitorescas viradas para o rio de Onor. Canteiros de flores espalhados por toda a aldeia, alguns dos quais muito originais: banheiras transformadas em canteiros, construções de abelhas em plástico reciclado, tudo com um toque original e divertido. O Parque Natural do Montesinho como paisagem de fundo. Habitantes simpáticos e que sorriem à passagem dos visitantes, orgulhosos da sua terra. Uma aldeia com tradição milenar ainda hoje preservada. O convívio entre Portugal e Espanha como se de família se tratasse. E uma paz que só quem vive no campo conhece…

Rio de Onor surpreendeu-nos pela sua beleza, simplicidade e tranquilidade. É uma pequena aldeia, “perdida” num parque gigante, longe dos grandes centros urbanos de Portugal mas que vale definitivamente a pena visitar.

O que visitar em Rio de Onor

O nosso conselho para quem vai visitar Rio de Onor é para simplesmente se perder nas suas ruas, caminhar junto à margem do rio e, se for um dia quente de verão, aproveitar uns momentos de descanso na praia fluvial.

Não podem perder:

• As casas de xisto de dois pisos, onde tradicionalmente morava a família no andar superior e ficavam os animais no piso de baixo, a aquecer a casa;
• Todas as decorações que alegram a aldeia e todos os típicos pormenores transmontanos;
• A Ponte Romana, à qual é impossível ficar indiferente;
• A Igreja Matriz de Rio de Onor;
• O forno, a forja e o moinho comunitários.

Rio de Onor fica muito perto de Bragança e podem enriquecer os vossos planos com as dicas para essa zona que temos aqui.

Esperamos que, se por lá passarem, fiquem a gostar desta aldeia tanto quanto nós e que partilhem connosco os vossos comentários.

Ficamos à espera! 🙂

Um dia vemo-nos por aí!

R&P