10 situações caricatas em viagem – Parte 1

Sempre que vamos viajar regressamos com várias histórias caricatas que contamos com entusiasmo à nossa família e amigos. Algumas destas situações são puramente acasos com que fomos confrontados e que nos fizeram rir à gargalhada (a maioria das vezes de nós próprios). Outras são acontecimentos geradores de descontentamento no momento em que os vivemos, mas que, quando tudo passa, acabam por se tornar histórias engraçadas. Na verdade, foi por esta ânsia e gosto em partilhar as nossa viagens que criamos o nosso blog.

Este artigo já andava na calha há bastante tempo. Agora, numa altura difícil e conturbada, decidimos finalmente partilhar convosco esta publicação, ligeira e que esperamos que seja divertida, para vos entreter nesta quarentena. 

E aqui vai a primeira parte do nosso top 10 de situações caricatas vividas em viagem. Podes encontrar a segunda parte aqui.

 

1. Um alojamento peculiar

Tudo se passou em La Spezia, Itália, num dos piores alojamentos onde alguma vez ficamos. 

Chegamos ao prédio indicado na morada e percebemos que este não correspondia à fotografia que constava no Booking. A nossa confiança naquele alojamento era, desde logo e como se pode imaginar, brutal. Subimos até ao 4º andar, sem elevador. Nesta subida temos a destacar que cada escada tinha um feitio. Ora tinha 5cm de largura, ora tinha 20cm, ora era retangular ora era (quase) triangular.

O arquiteto do lugar pensou em colocar janelas ao longo das escadas, mais ou menos uma por cada piso. Uma ideia válida, para garantir a entrada de luz e ar. Todos sabemos que da ideia à obra vai alguma distância, mas aqui a irreverência do empreiteiro fez-se notar: na maioria dos pisos, em vez de uma janela, existia apenas um recorte na parede (um buraco, literalmente) para a janela e algumas tinham ferros de construção na vertical (queremos imaginar que estariam lá por motivos estéticos).

Sentamo-nos na escada do apartamento do 4º andar, enquanto não nos vinham abrir a porta, e da porta em frente à da guesthouse sai um homem que desce as escadas. Passado 2 minutos sai outro homem que desce as escadas, passado um tempo, outro, e por aí em diante. Um deles até meteu conversa connosco, dizendo que era marroquino e que gostava muito do Cristiano Ronaldo. Pelo buraco da janela entrava uma música árabe, a banda sonora que compunha todo este enredo. Já estávamos a ponto de aceitar um chá, com todas as substâncias que imaginamos que tivessem, dos nossos vizinhos da frente.

Finalmente, vem um adolescente esbaforido a subir as escadas e que nos abre a porta do alojamento. O apartamento: cheio de pó, com cheiro a mofo e minúsculo. Vamos ver a vista à janela e qual não é o nosso espanto? Um casa de banho ao ar livre, na varanda, em pleno 2º andar, no prédio mesmo à nossa frente.

Chateados com o alojamento, decidimos aceitar, não pensar mais nisso e ir visitar Manarola. Quando voltamos, já de noite e ao subir as escadas (sem qualquer iluminação), passamos por um homem (talvez um dos quinhentos que viviam na porta em frente da nossa) e a Raquel grita “Ai que susto!”, pelo que o Pedro responde, em alta voz, “Está calada! Queres ver se nos matam aqui?”… Pela reação serena, aquele senhor não percebia português.

Sobrevivemos duas noites neste alojamento e quando fomos embora a Raquel nunca ficou tão contente por acordar cedo!

 

2. Adanus salgam, a NÃO repetir!

Estávamos em Izmir, no Balikçi Osman, um restaurante de peixe que recomendamos. O Pedro vai escolher a sua bebida ao frigorífico e decide arriscar tudo e escolher a bebida “Adanus salgam”, mesmo depois de ler os ingredientes que a compunham: cenoura violeta, sal, alho, entre outros. Estão a imaginar o sabor? O resultado foi… A pior bebida que provamos até hoje!

A empregada do restaurante, muito simpática, disse-nos que aquela bebida é muito apreciada pelos turcos para acompanhar pratos de peixe e marisco mas que os turistas não costumam gostar. Pudera, a semelhança que encontramos para descrever esta bebida é que parece que estamos a beber um caldo de vegetais em água do mar! Fica a dica para quem for à Turquia: decorem bem o nome Adanus salgam e não peçam esta bebida!

 

3. “Small but romantic” e alguém muito míope

Em Florença, quando o dono do apartamento onde íamos ficar nos abre a porta, sai-se com as seguintes palavras “small but romantic”. O “small” claramente era devido à escassez de metros quadrados do apartamento. O “romantic” nós achávamos que era devido às rosas de peluche que estavam espalhadas pelo apartamento (decoração bastante pirosa) mas não.

Foi ao irmos dormir que nos apercebemos o quão romântico era o quarto. O Pedro apaga a luz, deita-se e diz “Oh que car****”. A Raquel, assustada, perguntou o que se estava a passar e liga rapidamente a luz. O Pedro responde “Não, apaga a luz e vê”. A Raquel apaga a luz e continua sem ver nada e volta a ligar a luz, pelo que o Pedro diz “Põe os óculos e apaga a luz”. A Raquel fá-lo e “Ohhhhhhh”.

O que se passou foi que a Raquel é altamente míope e o teto do quarto estava carregadinho de pequenas estrelas fluorescentes, que só se viam com a luz apagada (novamente decoração bastante pirosa mas que marcou pela surpresa).

 

4. Gnomos? Em Krakow?

Chegados a Cracóvia (Krakow) decidimos fazer uma free tour para ficar a conhecer de uma forma geral a cidade. Estávamos reunidos em círculo e o guia da tour pede a cada um de nós para dizer algo da cidade que gostássemos de conhecer. Quando chega a vez da Raquel, ela diz que quer ver os gnomos escondidos pela cidade. Pelo que o guia responde que talvez estaremos a visitar a cidade errada porque em Krakow não há gnomos, mas sim em Wroclaw (Breslávia). Ups, confusão nos nomes.

 

5. Italianos? Deco?! No I Porci Comodi, em Pisa

I Porci comodi foi o local onde se passou esta caricata história. Um restaurante cheio de pinta, que vende baguetes recheadas com ingredientes típicos da Toscana. Recomendamos o sítio e que se deliciem com as vossas sandes e umas cervejas no parque em frente, tal e qual nós fizemos.

Então entramos nós no restaurante e quando fomos fazer o pedido, fomos congratulados com a seguinte conversa, do empregado de balcão para nós: 

“Oh, do you speak English? You look like italians. Where are you from?” – pergunta o italiano.

“Portugal” – respondemos nós.

“What is your name?” 

Para registar o pedido, o Pedro responde com o seu nome e o italiano, não percebendo bem, sai-se com: 

“You look like Deco, remember Deco? For me, you’re Deco!”

E lá foi escrito Deco no pedido da refeição.

Com esta conversa recordamos o mágico Deco e reparamos realmente em alguns traços de semelhança entre o Pedro e o Deco que nunca tínhamos notado. No próximo artigo vão ler também outra situação em que nos confundem a nacionalidade. Tomar-nos-ão por espanhóis? Turcos? Noruegueses? Descubram no próximo artigo!

 

Que um dia possamos voltar a visitar tranquilamente Itália, que tantos momentos dignos de boas gargalhadas já nos proporcionou e que está no top das nossas situações caricatas neste artigo.

Podes saltar para a segunda parte deste nosso top clicando aqui.

Fiquem em casa para que um dia possamos todos voltar a ir!

R&P

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