A 8ª etapa do Caminho Português de Santiago não apresenta grandes dificuldades. Em Caldas dos Reis o Pedro encontrou o momento alto do seu dia: existe uma fonte de água quente onde é possível mergulhar os pés. Partindo do Porto, em Caldas de Reis já estarão mais de 200 km nas pernas e pés e este momento de revitalização deixou-o como novo para os últimos dois dias (já a Raquel preferia a água gelada das praias do Norte).

Do Porto a Santiago de Compostela pelo Caminho Central Português – a nossa jornada

8ª Etapa do Caminho Português de Santiago:
Pontevedra → Caldas de Reis (23 km)

A partida: Pontevedra

Acordámos bem cedo, atravessámos a ponte romana O Burgo e, pela primeira vez no Caminho, fomos tomar o pequeno-almoço fora, já do outro lado da margem do rio Lérez.

Esta etapa não apresenta grandes dificuldades. Até meio do percurso enfrentámos uma subida longa mas não muito acentuada. Nesta parte, destacamos o troço entre Cerponzons e San Mamede da Portela, pela sua beleza, atravessando campos e zonas florestais, com riachos a ladear o caminho. No entanto, deves ter atenção à passagem de nível sem guarda que tens que atravessar.

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De San Mamede até Briallos (onde encontras um albergue), o caminho é feito, em grande parte, por estradas secundárias alcatroadas. A partir de Briallos e para finalizar a etapa, o Caminho segue junto à movimentada estrada N-550, numa parte não tão agradável do percurso. Então, até Caldas de Reis, seguimos ora pela estrada nacional, ora por estradas mais interiores, algumas mesmo de terra batida (bem mais agradáveis que a N-550).

A chegada: Caldas de Reis

Entramos em Caldas de Reis pela ponte sobre o rio Umia, num dos panoramas mais bonitos que a vila tem. Mal cruzámos a ponte, fomos almoçar a um restaurante que nos tinha sido recomendado pela simpática senhora que organizava a Missa do Peregrino de Barcelos. Uma das melhores refeições que comemos na viagem, com vista para o rio!

Neste restaurante (divulgaremos qual é num próximo artigo), falámos com um divertido grupo de peregrinos portugueses que tinham partido de Braga e nos contaram um pouco da sua história. Disseram eles, em tom de brincadeira, que estavam a fazer o Caminho com o intuito de, quando chegarem a Santiago, recuperarem as ossadas de São Frutuoso que se encontram guardadas nesta cidade e devolvê-las à sua cidade de origem. As ossadas foram roubadas em 1102 pelo primeiro arcebispo de Compostela, com o objetivo de as expor como relíquia na cripta da Catedral de Santiago, e apenas uma parte foi devolvida a Braga em 1966.

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Depois do almoço fomos para o alojamento que escolhemos para este dia, o Albergue Agarimo. Aproveitámos a máquina de lavar a roupa para lavar a nossa, que era pouca (para poupar na carga que carregávamos às costas) e que nos últimos dias estava a ser lavada sempre à mão nos lavatórios dos alojamentos por onde passávamos. Descansámos um pouco e ao final da tarde passeámos pelo centro da vila.

Caldas de Reis é uma bonita vila da Galiza, conhecida pelas suas águas termais. Tendo em conta que o seu centro é bastante pequeno, concentra dezenas de peregrinos durante a tarde. Foi engraçado ir encontrando nesta vila vários dos peregrinos com quem nos cruzámos e com quem fomos falando ao longo do Caminho. Aqui, podes visitar a Catedral, dar um passeio junto ao rio Umia, molhar os pés nas águas quentes da fonte de Las Burgas ou até mesmo ir às termas presentes no centro da cidade (nós não o fizemos mas um peregrino com quem falámos contou-nos a sua experiência nestas termas e foi bastante positiva).

Continua a seguir a nossa jornada no artigo seguinte, em breve no blog.

Sabe mais sobre os restantes dias do Caminho aqui: 1ª etapa, 2ª etapa, 3ª etapa, 4ª etapa, 5ª etapa, 6ª etapa e 7ª etapa.

Se precisas de dicas sobre o Caminho de Santiago vê este artigo. Para saberes que Caminhos existem e por onde passam clica aqui.

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Um dia vemo-nos por aí!

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