Aqui está a continuação do artigo sobre o nosso top 10 de situações caricatas em viagem.
Se ainda não leste o primeiro artigo, lê aqui.
6. Uma fonte pública diferente
Quem nos conhece sabe que somos uns forretas. Portanto, sempre que viajamos tentamos ao máximo encher as garrafas com água de fontes públicas (quando são potáveis). Assim também contribuímos para diminuir a nossa pegada ambiental.
Em Lucca, cidade da Toscana, Itália, enchemos as garrafas numa fonte que nos obrigava a carregar num de dois botões. Nós achámos que os dois botões eram meramente dois sítios iguais para encher água, então enchemos num deles, à sorte.
Quando foi para beber, a Raquel achou que a água tinha mais bolhinhas que o habitual e disse ao Pedro “queres ver que é água com gás?!”. Ao que o Pedro responde “Estás maluca, olha água com gás de uma fonte pública…” Qual não é o nosso espanto quando bebemos e nos sai, de facto, água com gás! Fantástico!
Depois disto descobrimos que a Toscana é uma região ricamente termal e que, em vários sítios, existem fontes públicas que fornecem água com gás, como por exemplo em Florença.
Depois disto, tentamos encontrar uma fonte de onde saísse limoncello mas não fomos bem sucedidos.
7. Zorros? Animación?
Na véspera de fazermos o Caminito el Rey, acampamos no Parque Ardales. O parque de campismo estava quase vazio e montamos a tenda num sítio sem ninguém nos cem metros em redor. Era noite e a Raquel estava sozinha ao pé da tenda quando vê um animal bem perto dela que lhe parece uma raposa.
Fomos falar com um vigilante do parque que estava por perto e tentamos explicar o que vimos. E aí sim começa a verdadeira situação caricata.
Tentamos explicar-nos no nosso melhor “portunhol” mas o senhor não conseguia perceber nada do que dizíamos e só nos dava sugestões completamente ao lado. Nós dizíamos que tínhamos visto “animales” e o senhor dizia “não, o parque de campismo não tem animação” (sim, era tudo o que esperávamos daquele parque de campismo vazio e no fim do mundo). A situação só piorava a cada pergunta. Nós perguntávamos se existiam ali animais parecidos com perros (já que não sabíamos como se dizia raposas em espanhol) e o senhor dizia que sim, que havia no parque perros muito grandes.
Passados 5 minutos de muita mímica e calinadas no espanhol e no português, reparamos que atrás do vigilante estava um folheto colado na parede no qual se podia ler “no alimentar a los zorros” (não alimente as raposas). E quando confrontamos o senhor com esse folheto ele lá disse que sim, que existiam muitos zorros no parque e que não os podíamos alimentar que eles podiam morder.
Na manhã seguinte, para além das raposas, vimos um cão gigante em cima da mesa ao lado da nossa tenda a tentar comer a nossa comida… O vigilante tinha razão, também havia cães grandes.
8. “Viver não é esperar a tempestade passar, é aprender a dançar na chuva”
Dia de verão mediterrânico em Pisa.
À noite, estávamos a jantar tranquilamente numa esplanada quando, do nada, surge um vento terrível, chuva intensa e trovoada. Toda a gente a correr, com os seus pratos na mão, para o interior dos restaurantes. Só visto!
Voltamos para o B&B ainda não muito encharcados quando a Raquel se apercebe que a picada de mosquito que tinha já há uns dias e que tinha estado a ignorar, se estava a complicar. E lá tivemos nós que sair do alojamento e enfrentar a tempestade para ir comprar medicação. A parte boa, acabamos por ter o Campo dei Miracoli com a famosa Torre de Pisa só para nós e pudemos contemplar esta tão bela cidade à noite, sem ninguém, e saboreando as gotas da chuva, torrencial!
9. Um alojamento muito católico
Para Viena reservamos um hostel no Booking, como fazemos na maioria das vezes. Quando estávamos no elevador a subir para o quarto, vimos que um dos andares do elevador não tinha o piso correspondente indicado mas tinha algo escrito em alemão, cujo significado desconhecíamos. Tivemos que ir ver o que era e encontramos uma grande igreja (com altura de pelo menos dois andares) dentro do hostel! Com esta não estávamos a contar.
10. Turcos?
Na Turquia, não foi uma só vez que aconteceu o seguinte: sentamo-nos na mesa de um restaurante e vem um empregado que nos dá o menu em turco. Quando pedimos se têm o menu em inglês, dizem-nos que achavam que éramos turcos! Pensamos que a “culpa” disto seja do Pedro, pela sua farta barba e cabeleira.
Outra situação caricata que nos ocorreu na Turquia foi quando alugamos carro em Antália. No escritório da empresa de aluguer perguntaram-nos se poderíamos levar os documentos pessoais de um casal que se tinha esquecido deles lá no dia anterior, tendo em conta que íamos para Oludeniz (a 200km de distância da empresa de aluguer) e o casal se encontrava lá. E nós dissemos que sim.
Quando estávamos a chegar ao ponto de encontro ligamos para o casal para tentar saber como os podíamos identificar. Responderam-nos, num inglês perfeito, que ela era indiana e ele irlandês. E nós dissemos que éramos portugueses, para facilitar a identificação. Ao chegarmos ao local, depois de algum tempo, identificamos o casal porque ouvimos alguém a falar inglês perfeito (o que na Turquia não é habitual). Acabamos por jantar e conversar bastante com o casal (sendo que ainda hoje mantemos o contacto) e eles confessaram que quando viram o Pedro aproximar-se pareceu-lhes que não podíamos ser nós porque ele não parecia português mas sim turco.
Portanto, estes portugueses passam por qualquer nacionalidade! Turcos, espanhóis, italianos, entre outros. Só dificilmente passamos por nórdicos!
Fiquem em casa para que um dia possamos todos voltar a ir!
R&P
A história 6 aconteceu-me bastante parecida mas em Roma, em frente ao Coliseu há também uma fonte com água com gás! a minha estupefacção quando percebi isso foi memorável! 🙂 Tugas a adoraram coisas de graça desde sempre!! 😀
Ahaha a nossa também, ainda para mais porque o Pedro “gozou” comigo (Raquel) por ter perguntado se a água seria com gás 😀
Verdade, adoramos coisas grátis ahahahah